Deutschland über alles!
Como não gostar de estudar na Alemanha? Um país desenvolvido que influencia seus estudantes a seguirem um bom caminho e ter um futuro próspero.
Hoje falamos com a Luisa, de 18 anos, que em 2011 fez um intercâmbio de 9 semanas para estudar alemão na cidade de Stadthagen.
A Luisa estudava em uma escola alemã aqui no Brasil, que promovia intercâmbios de 1 mês durante no mês de Julho. Em certo momento, eles criaram um curso de 2 meses no final do ano, para ficar em casa de família, entender os costumes e conviver com a cultura alemã. Conversou com seus pais a respeito e decidiu ir.
Ela frequentou a escola Ratsgymnasium Stadthagen, e depois de sua experiência, ainda recebeu sua família de intercâmbio aqui no Brasil.
Veja como foi a experiência dela:
Como você se inscreveu?
Minha escola do Brasil organizou todo o esquema, os professores faziam o emparelhamento, você preenchia uma ficha falando de seus interesses e eles resolviam tudo. Inclusive sua moradia.
Como eram suas aulas?
Cada brasileiro tinha um acompanhante alemão. Eram 4 aulas por dia, tinha aula de história, geografia, política e música.
Como era seu dia a dia?
Eu tinha 2 irmãs na casa que fiquei. Na teoria, eu deveria acompanhar a irmã mais velha, mas acabei passando muito pouco tempo com ela e fiquei mais com a irmã mais nova.
Frequentava as 4 aulas com ela.
Depois encontrava os brasileiros, que estavam lá também, para ir para o centro. Ou almoçava por lá com eles, em uma café chamado Georgies, ou almoçava em casa. Fazia tudo a pé.
No final do dia, encontrava de novo os alemães, ía para casa e depois combinávamos de fazer algum programa, como jogar boliche ou ir para a piscina.

O que fazia nos finais de semana?
Não havia muita diferença entre dias da semana e final de semana, eu só acordava mais tarde. Fazia muita coisa em casa mesmo, ficava bastante com a minha família alemã.
Jogávamos muitos jogos de tabuleiro.
As vezes saía com os amigos para ir em um barzinho que conseguíamos entrar, mas era um pouco caído.
Também passeava pela cidade que estava. Minhas irmãs gostavam de andar de patins, e também tinha uma mini tirolesa ali por perto, que íamos de vez em quando.
Outras vezes viajávamos para cidades próximas. Tanto por conta da escola (fomos para Colônia e Berlim) como por conta própria.

Uma vez viajei com a família também. Me levaram para o mar do leste, um lugar delicioso, com um centro muito gostoso – normalmente, as pessoas vão para o mar do norte, mas o do leste é mais tranquilo.

Um desafio?
Já falava alemão quando fui, estudava em um currículo alemão aqui no Brasil, mas a língua foi um desafio.
E mais ainda, foi passar o natal longe de casa. A cultura natalina deles é muito diferente. Minha sorte foi ter um amigo brasileiro morando na mesma casa que eu.

O que mais gostou?
A facilidade de conhecer outros lugares e de ter as expectativas (preconceitos) quebrados. Esperava outra coisa deles e me surpreendi positivamente.

Dicas úteis?
Tive uma experiência muito boa.
Acho que se alguém for fazer intercâmbio, seja lá para onde for, tente entra na cultura mesmo, não se prenda a sua cultura com seus amigos, veja como eles vivem e abrace isso.
Quem fizer intercâmbio para Europa, visite as cidades vizinhas de onde estiver. Normalmente são super pequenas, é muito fácil para ir de trem e dá para passar a tarde e voltar.

Como foi receber sua família de intercâmbio aqui no Brasil?
Receber minhas irmãs aqui no Brasil foi muito difícil. Elas já vieram para cá com a ideia de fazer turismo.
Vir para São Paulo e querer passear é mais complicado do que em uma cidade pequena na Alemanha, elas queriam ir para vários lugares mas não tinha como levá-las. Elas também preferiam não ir de taxi para não gastar dinheiro e não tinha como eu ficar em função total do que elas queriam fazer. Estava em semana de provas aqui no Brasil, não pude dar tanta atenção à elas.
Também acho que faltou orientação para elas sobre o Brasil. Chegaram aqui com uma ideia muito errada do país. A vida delas na Alemanha já é muito diferente, uma vida provinciana quase, por isso acho que poderiam ter as preparado melhor.
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